São Nicolau (Emmy Proske)
Muito longe, no Oriente, vivia um bispo piedoso chamado Nicolau.
Certo dia, ouviu contar que no Ocidente havia uma cidade, onde todas as pessoas sofriam grande fome, inclusive as crianças.
Nicolau chamou então os seus servos que o amavam muito e lhes falou:
-Tragam-me frutas de seus pomares e colheitas de seus campos para que possamos saciar os famintos.
Os servos trouxeram cestas com maçãs e nozes. Em cima colocaram pão com mel feito pelas mulheres do lugar. Trouxeram também sacos cheios de grãos dourados de trigo. O bispo Nicolau ordenou que todas as dádivas fossem levadas num navio. Era um navio grande e bonito, todo branco e sua vela era azul, como o azul do céu e do manto do bispo Nicolau.
O vento soprou na vela do navio para que ele andasse, e quando o vento se cansou, os servos pegaram os remos e levaram o barco para o Ocidente. Viajaram muito tempo: sete dias e sete noites.
Quando chegaram à grande cidade era noite e não se via ninguém nas ruas, mas as luzes brilhavam pelas janelas das casas. O bispo Nicolau bateu numa janela. A mãe que morava na casa pensou ser um viajante pedindo abrigo e mandou o filho abrir a porta. Não havia ninguém na frente da porta. A criança correu até a janela. Também não viu ninguém, mas encontrou uma cesta cheia de nozes e maçãs vermelhas e amarelas, e não faltavam os pães de mel. Ao lado da cesta havia um saco repleto de grãos dourados de trigo.
Todas as pessoas comeram das dádivas e ficaram fortes e alegres. Agora São Nicolau está no céu.
Todos os anos, na data de seu aniversário, ele viaja para a Terra, monta seu cavalo branco e vai de estrela em estrela. Lá encontra a Virgem Maria: ela recolhe fios de ouro e de prata para fazer a camisinha de Jesus. Maria então lhe diz:
Querido São Nicolau. Volte para as crianças. Leve-lhes tuas dádivas e dizes-lhes que o Natal, o nascimento do Menino Jesus , se aproxima.
Fonte: festascristas.com.br
Conto extraído do livro “Erziehungskumst” de Emmy Proske
Tradução : Barbara Trommer
O CAMINHO CHEIO DE PEDRAS
PRIMEIRA SEMANA DO ADVENTO
Maria e José estavam em seu caminho para Belém, o burrinho trotava alegremente na sua frente.
José estava acostumado a caminhadas e tinha um bom bastão; com este ele podia dar largos passos. Maria, a querida Mãe Divina, se esforçava muito em acompanhá-lo, mas seus pés delicados sempre de novo batiam nas pedras escuras e afiadas do caminho.
Assim mesmo ela se continha com esforço, para não deixar perceber que sentia dores; mas aí uma lágrima saltou de seus olhos, essa ela não conseguiu conter. O burrinho obviamente não notou nada, e nem José, que estava atento para não errar o caminho.
Só o anjo que acompanhava os três em sua caminhada notou que Maria chorava.
Ele se abaixou até ela e lhe perguntou:
– Querida serva do Senhor, porque chora? Você está em seu caminho à Belém, onde darás à luz à criança divina. Isto não te deixa feliz?
Maria respondeu:
– Com muito prazer quero receber a criança divina, e também não quero me queixar, só as pedras escuras e pontiagudas batem e espetam os meus pés, e o meu caminhar se torna difícil.
Quando o anjo escutou isso, olhou para as pedras com o seu olhar claro e brilhante do céu. E olhe: Sob o seu olhar luminoso as pedras se transformavam. Elas afilavam os seus cantos e pontas e absorviam um brilho de cores algumas até ficavam transparentes como vidro e brilhavam na luz que vinha do anjo.
Então Maria continuou o seu caminho em cima de uma estrada cintilante e brilhante de cores, e nenhuma dor mais dificultava a sua caminhada.
HISTÓRIAS DOS TRÊS REIS MAGOS
A Canção dos Três Reis Magos
A Deus nós queremos louvar e honrar.
Os santos Reis magos estão a chegar.
Eles vêm atrás e sua estrela adiante,
chegando, chegando de terras distantes.
Só em treze dias – oh, que maravilha!
Eles percorreram quatrocentos milhas.
Chegaram à porta da casa mais bela,
da casa de Herodes, que estava à janela:
Por que vós viestes a Jerusalém?
É nosso caminho para ir a Belém,
pois lá em Belém um Menino nasceu
de uma virgem pura que nada sofreu.
Com orgulho, Herodes perguntou:
Dizei, por que é tão preto esse terceiro rei?
Prezado senhor, ele é rei afamado.
Em terra de mouros possui seu reinado.
Quereis por acaso saber nossos nomes?
Deixai que digamos a vós quem nós somos.
Somos os três reis da estrela matutina,
trazendo presentes à Criança divina.
Com amor profundo nós a honraremos:
ouro, incenso e mirra lhe oferecemos.
E eis que Herodes disse, cheio de arrogância:
pois ficai aqui um breve descanso.
Tereis feno e palha onde podeis deitar.
Não cobrarei nada por vos hospedar.
Falam entre si os três reis. Decidindo,
dizem a Herodes que já partindo.
Cheio de despeito, ele responde agora:
não quereis ficar? Pois então ide embora!
Os três reis partiram subindo a colina,
partiram em busca da Criança divina.
Ao longe eles viram uma casa singela,
e eis a sua estrela a brilhar sobre ela.
E dentro da casa repleta de luz
eis na manjedoura o menino Jesus.
E os três reis lhe estendem seu rico tesouro
composto de mirra, de incenso e de ouro.
Do livro “Des Knaben Wunderhorn”
Colaboração de Ruth Salles
PORQUE O PINHEIRO É A ÁRVORE DE NATAL?
Quando o Menino Jesus nasceu, todas as pessoas ficaram alegres. Crianças, homens e mulheres, pobres e ricos vinham vê-lo, trazendo presentes.
Perto do estábulo onde dormia o Menino Jesus, num berço de palha, haviam três árvores: uma palmeira, uma oliveira e um pinheiro.
Vendo aquela gente que ia e voltava, passando embaixo dos seus galhos, as três árvores quiseram também dar alguma coisa ao Menino Jesus.
-Eu vou dar a minha palma maior, a mais bela, para que a mãe dele abane docemente o bebê. – disse a palmeira.
-Eu vou apertar minhas olivas e elas servirão para amaciar suas mãozinhas e seus pezinhos. – disse a oliveira.
-E eu? Que posso dar? Perguntou o pinheiro.
-Você não tem nada a dar. -responderam as outras.
-Suas agulhas pontudas poderiam picar o Menino Jesus.
O pobre pinheirinho sentiu-se muito infeliz e respondeu tristemente:
-É mesmo, vocês têm razão, eu não tenho nada para oferecer.
Um anjo que estava ali perto escutou a conversa e teve pena do pinheirinho, tão humilde, tão triste, que nada podia fazer porque nada possuía.
Lá no céu, as estrelinhas começaram a brilhar. O lindo anjinho olhou para o alto e chamou-as. No mesmo instante elas desceram, com boa vontade, e foram colocar-se sobre os ramos do modesto pinheirinho que ficou todo iluminado.
Lá no bercinho, dentro do estábulo, os olhos do Menino Jesus, ao ver aquela árvore tão linda, ficaram brilhantes e felizes.
É por isso que as pessoas, até hoje, enfeitam suas casas com luzes, estrelas e pinheiro, na véspera de Natal.
O CARDO PRATEADO
Quando Deus, o Senhor, fez as plantas, perguntou a cada uma como ela mais gostaria de ser. Uma gostaria de ser grande e poderosa, a outra gostaria de ter um perfume adorável, uma desejava ter flores vermelhas, uma outra as queria azuis, mas a outra, brancas.Todos os desejos, Deus, o Senhor, lhes satisfazia com prazer.
Continuando, Ele perguntou a uma plantinha:
-Então, querida criatura, qual é o teu desejo mais íntimo? Queres ser grande ou pequena, ter flores amarelas ou vermelhas ou azuis?
Aí a plantinha respondeu:
-Está tudo bem pra mim. Com prazer ficarei presa ao solo e também levarei espinhos, se você satisfizer meu único desejo: que minhas flores se mantenham até o nascimento do Menino Jesus.
Aí Deus, o Senhor, sorriu amavelmente e deu à planta a sua forma. Ela cresceu bem discretamente rente ao solo e suas folhas cobertas de espinhos.
A flor, porém, brilha como uma estrela prateada e, mesmo florescendo e sendo colhida no verão, continua viva até que venha a época do Natal, para alegrar o Menino Jesus.
Gratidão pelas histórias.
Lindo a questão do Pinheiro.
Quando aceitamos humildemente nossa condição, com certeza o auxílio do alto vem ao nosso encontro nos auxiliar.
Gratidão.
Bom dia. Luz e Paz